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  • Foto do escritorConsorcio Piemonte da Diamantina

Descubra o Piemonte: Toca dos Ossos

Atualizado: 25 de set. de 2023



Em 2017, o Governo do Estado da Bahia, por meio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), oficializou o reconhecimento de uma nova Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) no município de Ourolândia. Essa área, conhecida como 'Toca dos Ossos', abrange mais de 80 hectares de terras preservadas, com um foco específico na conservação do patrimônio espeleológico e arqueológico nacional.


A Toca dos Ossos é uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Piemonte da Diamantina e a primeira Unidade de Conservação (UC) da região, ficou conhecida por abrigar uma grande quantidade de fósseis de animais pré-históricos, bem como vestígios de atividades humanas antigas, como a existência de sítios de pinturas rupestres com túneis que se estendem por mais de dez quilômetros de galerias. A caverna ganhou destaque tanto pela sua relevância arqueológica quanto pela sua contribuição para o entendimento da pré-história do território.


O reconhecimento da Toca dos Ossos como uma RPPN foi alcançado graças ao apoio e incentivo do Ministério Público estadual, que acompanhou o processo por meio de um Inquérito Civil. A promoção e regularização de RPPNs são uma das áreas de atuação prioritárias do Ministério Público, em consonância com sua estratégia de gestão. Essa iniciativa destaca o compromisso dos órgãos públicos em preservar e proteger áreas de grande importância ambiental e cultural, contribuindo assim para a conservação da biodiversidade e do patrimônio histórico e natural do Brasil.


“A caverna possui relevância nacional, já que é sítio paleontológico importantíssimo, no qual foram encontradas diversas ossadas de mamíferos extintos como de preguiças gigantes. Além disso, um estudo da fauna atual localizou 84 espécies de invertebrados e duas espécies de vertebrado ainda residentes no interior da caverna, algumas só existentes no local.” - Pablo Almeida, promotor de justiça.


A Toca dos Ossos contém uma variedade de fósseis de animais extintos, incluindo as famosas preguiças-gigantes, que viveram durante o período Pleistoceno, também conhecido como era do gelo, há milhares de anos. Esses fósseis têm sido fundamentais para os estudos sobre a fauna pré-histórica na região. Além dos fósseis de animais, a caverna também preserva vestígios da presença humana no passado. Foram encontrados artefatos arqueológicos, como ferramentas de pedra lascada, que indicam que os primeiros habitantes da região utilizaram-na como abrigo e possivelmente como local de caça e processamento de alimentos.


A unidade de conservação tem sido alvo de pesquisas arqueológicas desde sua descoberta. Cientistas e arqueólogos têm explorado a caverna em busca de evidências que possam fornecer informações valiosas sobre a vida pré-histórica na região e como os humanos interagiam com a fauna local. Tendo desempenhado um papel fundamental no estudo da paleontologia e arqueologia na América do Sul, pois fornece pistas importantes sobre a história natural e cultural da região. Sua conservação é de extrema importância para garantir que as evidências arqueológicas e paleontológicas continuem a ser estudadas e preservadas para as futuras gerações.



Ascom/Consórcio Piemonte


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