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Foto do escritorConsorcio Piemonte da Diamantina

Descubra o Piemonte: Cultura do Sisal em Várzea Nova

Atualizado: 29 de mai. de 2023



A cultura do sisal (agave sisalana pierre) é uma importante atividade econômica na região do sertão da Bahia, principalmente nos municípios de Santa Luz, Conceição do Coité, São Domingos, Valente, Araci e outras cidades que compõem a região sisaleira da Bahia, uma área de 21.256,50 Km² formada por 20 municípios. Mas destaca-se também no Território de Identidade do Piemonte da Diamantina, principalmente no município de Várzea Nova, que de acordo com o IBGE (2020) é o 5º maior produtor de sisal do Estado da Bahia.


O sisal é uma planta fibrosa cultivada para a produção de fibras utilizadas na fabricação de fios, cordas, tapetes, capachos, artesanato, sacos, mantas de sisal e outros produtos. Foi introduzido na Bahia, mais especificamente no município de Santaluz, localizado na região sisaleira, por volta de 1910, mas só passou a ser explorado comercialmente na década de 30. Atualmente, estima-se que cerca de 400 mil agricultores familiares cultivem o sisal em suas propriedades.



O surgimento da Cultura do Sisal varzeanovense


A história varzeanovense começa lá por volta de 1913, quando o Sr. Zacarias Domingos Jesus deixa a região de Morro do Chapéu em busca de uma nova vida no sertão, e fixa residência no local que viria a ser o município de Várzea Nova anos mais tarde. Em meados da década de 1940, a partir da construção da BA-426, observou-se um rápido crescimento da localidade, favorecido pelo escoamento da produção de grãos da região de Irecê, o que também facilitou a produção local. Outro fator fundamental para o seu crescimento foi a chegada do agave, trazido pelo então Reverendo Presbiteriano Otacílio Alcântara na década de 1950. A cultura se espalhou pela região e em pouco tempo tornou-se a principal fonte de riqueza e exploração agrícola da região.


A relação das plantações de sisal com o crescimento de Várzea Nova é bastante significativa. O sisal foi um dos fatores determinantes para a criação do município, que teve seu desenvolvimento econômico baseado na produção da planta fibrosa.


A região, onde hoje se localiza Várzea Nova, pertencia ao município de Jacobina. Com a expansão da produção de sisal, a localidade tornou-se um importante centro produtor de sisal, atraindo muitos trabalhadores e produtores rurais.


Com o crescimento da população e da economia local, a região virou distrito de Jacobina. Em 1985, com o seu desenvolvimento e a importância da produção de sisal, o distrito foi emancipado e transformado no município de Várzea Nova. Sua emancipação foi um marco importante na história da região, que passou a ter autonomia política e administrativa.


Desde então, a produção de sisal tem sido uma das principais atividades econômicas de Várzea Nova, que tem na planta fibrosa uma fonte de renda para muitas famílias. As plantações de sisal são responsáveis por boa parte da economia local.


Além da produção de fibras, a cultura do sisal em Várzea Nova também tem importância social e cultural para a região. Muitas famílias dependem da planta fibrosa para a sua subsistência e para a manutenção de tradições culturais locais. A festa de São João, por exemplo, é uma importante manifestação cultural na região, que tem no sisal um elemento importante para a sua realização.


Em resumo, a cultura do sisal é uma importante atividade econômica, que gera emprego e renda para a população local e contribui para a manutenção de tradições culturais da região. Sua produção em Várzea Nova é feita de forma moderna e tecnológica, garantindo a qualidade e a competitividade do produto no mercado.

Ascom/Consórcio Piemonte


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